Pedidos de reflexão

A Comunicação Não-Violenta é um modelo de comunicação criado pelo psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg, que facilita e promove a conexão, aumentando a probabilidade de sermos escutados e entendidos. Este vídeo apresenta um exemplo de um pedido de reflexão, muito importante para confirmarmos que fomos escutados e entendidos. Para acederes a mais vídeos, subscreve o canal Youtube: @pedroomram   ​

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A Alma de um Povo

  A ALMA DE UM POVO Ponte da Barca, terça-feira, 23 de Agosto, oito da noite. As ruas, com iluminações coloridas, estão fechadas ao trânsito. Há gente, muita gente, que caminha sem destino, errante. É a Romaria de São Bartolomeu. Gente da terra, muitos que foram para fora procurar uma vida melhor e regressam nesta época, para matar saudades das gentes e da terra. Saudades. Crianças, jovens e adultos, muitos com os corpos marcados pela dureza do trabalho no campo. Homens de costas encurvadas, com a testa enrugada, rosto vermelho e olhos esbugalhados. Mulheres de lenço na cabeça, com as pernas inchadas e varizes à vista. Pessoas reais. Fomos jantar nas barraquinhas, onde a oferta é local e variada. A Beatriz trouxe-me arroz de feijão e um caldo verde, enquanto fiquei a reservar uma mesa que, entretanto, ficou livre. Faltava a bebida, que fui buscar a outra barraquinha: o vinho verde branco, de Ponte da Barca. Faltava o vinho. Olho à minha volta, e vejo o que as pessoas estão a comer: bacalhau frito, moelas, pasteis de bacalhau, arroz de cabidela, chouriço assado, sandes de leitão… Saímos do pátio das barraquinhas e fomos caminhar pelas ruas, porque é aí que a festa acontece. Encontro o João, ao cimo de umas escadas, com uma concertina ao peito. Faz parte de uma das muitas rusgas que vão desfilar pelas ruas da vila. Dei-lhe um cumprimento à distância e recordei os momentos de conexão que vivemos nas sessões de meditação, às terças-feiras ao final da tarde. Quando conheci o João, na primeira sessão de meditação, disse-me Pedro, eu sou muito cético. Vou participar na sessão porque estou incumbido de fechar o espaço e não tenho mais nada para fazer. Depois daquela sessão, o João nunca mais foi o mesmo, como ele próprio dizia. Guardo-o no coração. Quando contactamos com certas regiões do nosso Ser ficamos irreversivelmente transformados. Não é possível voltar para trás. Esperámos um pouco, na berma da rua principal, e começámos a escutar as primeiras rusgas. Concertinas, adufes, bombos, castanholas, pandeiretas, reque-reques… entoam os ritmos da alma destas gentes. O meu corpo acompanha-os, e a minha alma também. Olho-os nos olhos, enquanto tocam, e não há alegria. Olho as pessoas à minha volta, e não vejo alegria. Saudade e tristeza, talvez. Ao fundo da rua, dois homens discutem, enraivecidos, incendiados pelo álcool. Uma maneira de esconder o que dói. Afinal, o fogo de artifício era no dia seguinte. Viemos embora já noite dentro. Gosto de pensar que o fogo de artifício é para celebrar a Vida, e a Vida tem muitos contrastes, muitas dualidades e, porventura, muitas ilusões e enganos. O coração bate no peito, e isso não é uma escolha nossa. Os contrastes e as dualidades também não. Fazem parte do jogo. Gosto de pensar que o fogo de artifício é para comemorar todas as escolhas feitas e todas as aprendizagens realizadas, porque foi através delas que chegámos aqui. Honrando-as, precisamos agora de olhar para dentro e perguntar “O que é que eu estou a sentir? O que é que eu preciso para me sentir melhor?” e decidir fazer diferente. A Comunicação Não-Violenta magnetiza a agulha da nossa bússola interna, para que nos possamos orientar no caminho, em direção à Arca do Tesouro, onde se encontra a Harmonia, a Paz, o Amor, a Alegria, o Entusiasmo, o Prazer, a Tranquilidade… Curvo-me diante do São Bartolomeu, um dos doze apóstolos de Jesus, agora parte do Grande Inominável. Curvo-me diante de todas as pessoas reais. António Pedro Martins

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À sombra de uma Baobab (a árvore da Vida)

ÁFRICA “Não existem países pobres. Existem países empobrecidos.” Dizia uma formadora de um país da América Latina fustigado por guerrilhas alimentadas pelo narcotráfico. Estou em África, num país fustigado pela fome e pela miséria, e veio-me à memória aquela frase. Teranga, significa a arte de bem acolher. E que bem acolhido eu me senti, como em nenhuma outra viagem, e o meu coração bateu forte, muito forte. Em vários momentos me afastei das pessoas que me circundavam para que as minhas lágrimas pudessem correr livremente. Não, não era pena. Era Amor. Era o meu coração que chorava. Estou de férias. Sou um forasteiro que em breve regressará ao seu país, onde tudo parece melhor, mas não é. Aqui há fome de comida e abundância de Terra. Não meu país há abundância de comida e fome de Terra. Perdemos a ligação com a Terra. Falta-nos alegria, entusiasmo… fome de viver! Aqui as plantas curam e os ritmos dos tambores exorcizam e devolvem-nos a força vital. África tem isto. Com pouco fazem muito. Estou de férias num país que exportou escravos para muitos lugares do planeta, sempre explorados por brancos ricos e poderosos. À sombra de uma baobab, em nome de todos os brancos, ajoelho-me e peço perdão a todos os negros, a todos. Às vezes, no meu país, também me sinto nessa condição, de escravo. Se acredito que temos sempre escolha, dou comigo a perguntar-me qual a escolha possível deste povo para resolver o problema da fome, da saúde e da falta de condições de vida? E recordo a interdependência entre todos nós. Podemos dar as mãos e resolver todos os problemas do mundo. Podemos escolher olhar para cada pessoa como um irmão. Quando o fizermos, viveremos numa abundância nunca antes experimentada na história da humanidade. Estamos quase lá, e estamos a ser empurrados para lá. Entre a Vida e a morte, que tenhamos a lucidez e a coragem de escolher a Vida. Estamos dispostos a olhar para os africanos como iguais, como irmãos? Estamos abertos para darmos as mãos? Estamos com vontade de aprender o que África, e os africanos, têm para nos ensinar? Estamos disponíveis para partilhar o que temos e o que conhecemos? Está nas nossas mãos a construção de um mundo novo, abundante, pacífico e harmonioso, onde todos desfrutamos de viver uns com os outros, num grande jardim que é o planeta Terra. Bem-vindos ao jardim, que estamos a construir! Gratidão a todas e todos os que o estão a construir! Dixit

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Flecha de Fogo

É uma enorme alegria saber que o livro DO CONFLITO AO AMOR, a Comunicação Não-Violenta na Escola e na Vida anda por aí a ser lido, e a ser sentido com o coração. Tenho recebido os melhores testemunhos, e acredito que possa ser uma boa sugestão de leitura para o Verão que está prestes a começar (e para todas as outras estações do ano). Aceita o desafio de leitura! Deixo-te a leitura do poema “Flecha de Fogo” da página 12, e o texto!     FLECHA DE FOGO Que a flecha de fogo Te possa tocar devagar Como no teu rosto A suave brisa do mar   Que cada lágrima derramada Te devolva o brilho nos olhos Como o de uma gota de orvalho Suspensa ao nascer do Sol   Confia no arqueiro Do outro lado do horizonte branco E apressa-te devagar O grande encontro aguarda-te   Deixa-me atravessar as tuas pupilas E caminhar no teu oceano índigo Onde todas as estrelas brilham livremente Encontramo-nos aí ao anoitecer   E que possas escutar O que nunca te poderei dizer   ©Copyright António Pedro Martins

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Uma reflexão sobre a guerra na Ucrânia

Porque é que nos agredimos uns aos outros? Qual a origem da guerra? Deixo aqui uma pequena reflexão, trazida a partir de uma situação real vivida em plena guerra na Ucrânia, sobre estas questões. É mais fácil olhar para fora, para longe… do que olhar para nós próprios e para o que está aqui mesmo à nossa volta. E há tanto para fazer, e tanto que nós podemos fazer! A mudança do mundo começa em nós, e ela é inadiável. Para continuares a seguir o meu trabalho, deixa o teu email aqui.  

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A Comunicação Não-Violenta nos relacionamentos

O resultado de um convite de Sónia da Rocha para uma live no Instagram. Aqui está a gravação de uma conversa muito enriquecedora sobre como a Comunicação Não-Violenta pode ser uma chave essencial para utilizar os conflitos como oportunidades de aproximação entre as pessoas. Deixa o teu email para receberes informação gratuita aqui.

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Um voo sem retorno (um conto biográfico)

  Um voo sem retorno Há algum tempo fiz uma oficina de contos biográficos com a Anna Rosseto (que é genial!), na qual construi um conto. Mais tarde a Anna convidou-me para uma live no Instagram para contar o meu conto. Nem imaginam a ansiedade que os diretos das redes sociais me causam. Mesmo assim, aceitei o convite e fui contar o meu conto biográfico, que agora venho partilhar convosco. Com esta história ficas a conhecer um pouco de mim e, quiçá, um pouco de ti também. A história de um, quando é verdadeira, reverbera em todos. Por isso partilho-a contigo. Cada passo que damos é sagrado. Temos um pé no conhecido e o outro vai para o desconhecido, confiando que o chão vai lá estar para nos apoiar. Sou imensamente grato à vida por nunca me ter faltado o chão, nas grandes e nas pequenas decisões. Foram elas que me trouxeram até aqui, e hoje, mais do que nunca, sinto-me conectado com a Vida. Deixa o teu email para receberes informação gratuita aqui.  

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Dormir bem para Comunicar melhor

O nosso descanso desempenha um papel importante no nosso bem-estar físico, emocional e mental, o que se reflete na qualidade da nossa comunicação. É este o tema desta conversa intitulada “Dormir bem para Comunicar melhor”, com a convidada Ivone Apolinário (Instrutora de Ki Move Yoga, Formadora e Terapeuta). Algumas questões que abordadas: O que podemos fazer para dormir melhor? Como é que o descanso pode facilitar a conexão connosco e a disponibilidade para escutar o outro? Devemo-nos deitar a uma hora certa? Devemos jantar? Que alimentos ingerir e com que antecedência antes de irmos dormir? Depois de um conflito que me deixou extremamente ansioso e zangado, que prática posso fazer antes de dormir para descansar melhor? (…) Se não soubermos cuidar de nós dificilmente estaremos em condições de contribuir efetivamente para o bem-estar do outro. Este ciclo “Práticas de Autocuidado” pretende deixar algumas sementes para que cada um, à sua maneira, cuide melhor de si. Esta é a base, o chão onde a Comunicação Não-Violenta pode florescer. A Comunicação Não-Violenta tem como centro os sentimentos e as necessidades de ambas as partes, saindo do jogo de “Quem tem razão?”. Antes de nos conectarmos com o outro precisamos de observar os nossos pensamentos, sentir o nosso corpo e identificar as necessidades que são importantes para nós naquele momento. Precisamos, também, de ter a intenção genuína de contribuir para o bem-estar do outro, manifestada na vontade de escutar e na abertura para adotar novas estratégias que satisfaçam as necessidades de ambos. Deixa o teu email para receberes informação gratuita aqui.

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Comer bem para Comunicar melhor

A Comunicação Não-Violenta tem como centro os sentimentos e as necessidades de ambas as partes, saindo do jogo de “Quem tem razão?”. Antes de nos conectarmos com o outro precisamos de observar os nossos pensamentos, sentir o nosso corpo e identificar as necessidades que são importantes para nós naquele momento. Precisamos, também, de ter a intenção genuína de contribuir para o bem-estar do outro, manifestada na vontade de escutar e na abertura para adotar novas estratégias que satisfaçam as necessidades de ambos. Se não soubermos cuidar de nós dificilmente estaremos em condições de contribuir efetivamente para o bem-estar do outro. Este ciclo “Práticas de Autocuidado” pretende deixar algumas sementes para que cada um, à sua maneira, cuide melhor de si. Esta é a base, o chão onde a Comunicação Não-Violenta pode florescer. A nossa alimentação desempenha um papel importante no nosso bem-estar físico, emocional e mental, o que se reflete na qualidade da nossa comunicação. É este o tema desta conversa intitulada “Comer bem para Comunicar melhor”, com a convidada Maria João Tavares (Chef de Gastronomia Funcional). Há alimentos que nos deixam mais agressivos e reativos na comunicação? Que alimentos nos deixam mais serenos e facilitam a conexão connosco e com o outro? E o horário das refeições é importante? E a consciência com que ingerimos os alimentos? Quantas refeições devemos fazer num dia? O jejum tem efeitos benéficos para o corpo e para a mente? Qual deve ser a sua regularidade? Depois de um conflito que me deixou extremamente ansioso e zangado, que alimentos devo ingerir? Deixa o teu email para receberes informação gratuita aqui.

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Meditação de ativação energética

Esta meditação tem o potencial de ativar os teus sete centros energéticos no corpo físico deixando-te com mais confiança e força, mais vitalidade, maior poder pessoal, maior capacidade de amar e de expressares a tua verdade, maior claridade interior e criatividade. Deve ser feita num local onde te sintas segura e confortável, sempre que precises de encontrar o teu lugar de Paz. Também podes experimentar fazê-la na floresta ou junto ao mar. Fecha os olhos, entrega-te e deixa-te ir… Com muito Amor. (deixa o teu email para receberes informação gratuita aqui)

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