Sentimentos

Sentimentos são reações a estímulos exteriores, que desencadeiam experiências subjetivas e alterações neurobiológicas. Sentimentos agradáveis, como alegria, entusiasmo, tranquilidade, felicidade e paz, indicam-nos que as nossas necessidades estão satisfeitas. É bom viver a vida com estes sentimentos. Isso significa que as decisões e as ações que tomámos estão de acordo com aquilo que é realmente importante para nós. Eu sinto uma enorme tranquilidade e paz depois de uma caminhada na natureza. Sinto uma enorme alegria, satisfação e gratidão quando vejo a forma como as pessoas são tocadas nas minhas formações. Ter consciência destes sentimentos, e daquilo que fizemos para os despertar, ajuda-nos a tomar decisões que nos conduzem a uma vida mais plena, tal como um sinal verde que nos indica que podemos avançar à vontade por esse caminho.

Sentimentos desagradáveis como cansaço, frustração, impotência, raiva, infelicidade e tristeza, indicam-nos que há necessidades importantes que não estão a ser satisfeitas. Estes sentimentos não são negativos, são pérolas que nos são oferecidas pela Vida para podermos ver que precisamos de fazer algo novo, ou de uma nova maneira. O medo, a impotência e a culpa que me acompanharam desde cedo levaram a distanciar-me das ciências exatas e a explorar outros caminhos, na direção do autoconhecimento. O que seria de mim sem aqueles sentimentos, que chegaram a ter a dimensão dor emocional profunda? Os sentimentos desagradáveis são como um sinal amarelo a dizer, se fores por aí, avança com cuidado, ou como um sinal vermelho a dizer para mudar de direção.

O nosso verdadeiro poder, aquele que não nos é outorgado por ninguém, expressa-se através da comunicação. Quando começamos a prestar atenção à forma como nos expressamos, percebemos que raramente referimos o que sentimos e quando o fazemos, fazemo-lo de forma responsabilizar o outro, mencionando pseudo-sentimentos, como ameaçado, julgado, traído, abusado, desvalorizado…. Imagina uma conversa entre mãe e filha, em que a mãe diz algo como “sinto-me ignorada depois de te ter dito duas vezes para desligares o telemóvel!” Como estará o equilíbrio de poder nesta relação? Como estará a conexão entre estas duas pessoas? Qual a probabilidade de a filha vir a alterar este comportamento no futuro? Adiante veremos como é que a mãe pode fazer diferente. Por agora importa ver que “ignorada” não é um sentimento verdadeiro, estando mais próximo de um pensamento. Eu penso que tu me ignoras. Imagino que aquela mãe possa estar a sentir sentimentos desagradáveis como impotência, zanga, frustração, preocupação, angústia, medo, desespero…

Os sentimentos verdadeiros não dependem de ninguém, são teus. Para os identificares podes precisar de prestar atenção às sensações corporais, como o aumento do ritmo cardíaco, a falta de força nas pernas, uma pressão no peito, tremores, suores, agitação metal, visão turva. Se uma situação te deixou muito ativada, podes precisar de parar para falares com o teu corpo e identificares o que estás a sentir, antes de continuar o diálogo. Algo que se pode revelar muito útil é a adoção de uma rotina diária de alguns minutos de silêncio e quietude. Esta meditação guiada pode ser um contributo para esta tua prática. Com o passar do tempo verás que esta rotina te vai ajudar a dar mais significado às tuas vivências e, eventualmente, verás que alguns hábitos e padrões de comportamento não estão a contribuir para o teu bem-estar.

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